Caso Concreto
Governador de um Estado da Federação propõe Ação Direta de Inconstitucionalidade contra emenda
constitucional que cria um imposto sobre toda e qualquer movimentação financeira, inclusive as
realizadas por pessoas jurídicas de direito público e que entraria em vigor imediatamente. Incialmente, os
argumentos da afronta a duas limitações constitucionais ao poder de tributar, a saber a imunidade
recíproca (vedação à imposição de impostos entre os entes federativos) e anterioridade (obrigatoriedade
de aguardar até o exercício financeiro para que se possa cobrar o tributo) parecem corretas. Mas há uma
preliminar questionada: a possibilidade de se questionar a constitucionalidade de dispositivo
constitucional. Analise a questão e indique o posicionamento do Supremo Tribunal Federal.
Resposta: As normas de emenda constitucional decorrem do poder constituinte
derivado, razão pela qual podem ser objeto de controle, mediante ação
direta de inconstitucionalidade quando confrontadas com normas
elaboradas pela assembleia nacional constituinte. Esse é o
posicionamento do STF. ( ADIN 926. )
Questão objetiva:
(FGV-2015) O Presidente, representando a República Federativa do Brasil, celebra tratado internacional
com outros dois Estados soberanos, com o objetivo de incrementar a prestação de serviços de tecnologia
para grandes projetos de infraestrutura. O acordo internacional, após todos os trâmites legislativos
impostos pela ordem jurídica interna e internacional, passa a produzir seus efeitos, dentre os quais a
isenção de todos os impostos incidentes nessa operação. Considerando que esses serviços estão
incluídos na lista anexa da Lei Complementar nº 116/2003 e a jurisprudência do STF, é correto afirmar
que o tratado é:
A ( ) inconstitucional ao estabelecer isenção heterônoma, vedada pelo artigo 151, III, da Constituição
Federal em vigor, o qual veda à União instituir isenções de tributos da competência dos Estados, do
Distrito Federal ou dos Municípios;
B ( X ) constitucional, pois a vedação constitucional se volta à União, nada impedindo que a República
Federativa do Brasil, na qualidade de pessoa jurídica de direito público externo, celebre tratados e
acordos internacionais de Direito Tributário;
C ( ) constitucional, pois, nos termos da Constituição Federal, os tratados e convenções internacionais
sobre tributação, desde que aprovados, em cada Casa do Congresso Nacional, em dois turn os, por três
quintos dos votos dos respectivos membros, serão equivalentes às emendas constitucionais;
D ( ) inconstitucional, pois somente lei complementar federal poderia estabelecer isenção de tributos
estaduais e municipais;
E ( )inconstitucional, pois a União somente pode conceder isenção de tributos de competência dos
Estados, do Distrito Federal ou dos Municípios, quando simultaneamente conceder aos tributos de
competência federal.
excelente trabalho
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